quinta-feira, 31 de maio de 2007














Não pretendia falar de nada que fosse produzido depois de 60 e poucos, muito menos de fusion. Mas ouvi o Tonic essa semana e achei que seria válido. O trio é o Medeski, Martin & Wood. Se não me engano, tocaram no Free Jazz de 99. Agora será impossível, mas com sorte escrevo alguma coisa sobre eles amanhã

domingo, 27 de maio de 2007



A operação Navalha atrasou minha vida essa semana, então teremos aqui um texto que alguns já tiveram a oportunidade de ler em outra publicação minha. Confesso que não estava nos planos falar desse disco agora, mas também não vejo nenhum grande problema. Ele chega a ser didático dentro da discografia, e o texto chega a ser meigo, até.

"Sempre escutei jazz nos auto-falantes do meu som e não no fone. Não sei o motivo, mas me parecia a coisa mais sensata a se fazer. Como se o som fosse grande demais para um pequeno par de fones. Ele deveria ser solto, correr por aí como bem entendesse.

Enfim, o fato é que hoje fui escutar esse disco aí com fones. Que é um puta disco qualquer fã do Coltrane sabe, mas fiquei impressionado com a sonoridade de Greensleeves. A bateria fica mais viva, não só pelas peças serem mixadas em canais diferentes, mas até o timbre da caixa melhorou. Naquele crescendo que tem no meio, ela entra como uma marretada, quase. Como canhões de incentivo naquelas sinfonias de Tchaikovsky (recorri ao google pra escrever direito, reconheço). Voltando, se a caixa fica mais pesada, o piano, principalmente antes dessa parte citada, fica mais e mais suave. Tipo folhas caindo. Tipo lençol novo de seda em casa de madame (o que me lembra o MDCDLG - movimento das donas de casa dondocas do Lago Sul)"

Esse disco é fácil de baixar, até usuário do Soukseek consegue. Agora, tirem vocês suas conclusões

quarta-feira, 16 de maio de 2007



A demora em postar pode ser explicada não só pela correrida da vida moderna, mas principalmente devido a dificuldade em escolher qual seria o primeiro disco do Sr. Coltrane a receber um comentário neste espaço. Não considero a escolha óbvia, por certo. Apesar do Giant Steps ser um marco, por um motivo que já já vai ser explicitado, existem pelo menos outros três clássicos de suma importância em sua discografia. Descorrerei sobre eles em outro momento.

Gravado 1959, após mais de vinte lançamentos já como lider (ou seja, excluindo aí os discos em que pertencia às bandas de Miles Davis e Thelonious Monk), Giant Steps é o primeiro disco que possui apenas composições do próprio Coltrane. Mas não (só) por isso o escolhi. O disco é um dos mais balanceados do saxofonista, formado por temas animados e bem definidos, permeados por aqueles famosos improvisos executados com tanta genialidade, conhecidos depois por Sheets of Sound, que eu realmente não vou tentar definir em algumas poucas palavras. Você tem que ouvir. As coisas se acalmam apenas em "Naima", nomeada em homenagem à sua esposa.

Coltrane iria mudar muito desse disco pra frente. Deixaria as amarras do bebop pra trás, caindo em um mundo novo que o levaria lá no final de sua carreira ao Free e ao Avant-garde jazz. Mas estamos ainda muito longe de chegar lá

quinta-feira, 10 de maio de 2007



Nunca gostei muito de free jazz. Nem mesmo o Ascension, considerado por muita gente obra prima do free, composto por ninguém menos que meu saxofonista favorito, John Coltrane, nem ele foi capaz de me interessar pelo estilo. Dito isso, esse disco do Eric Dolphy possui elementos do free no limite do que eu acho tolerável, que acabam por construir uma atmosfera única dentro do conjunto das faixas. Um improviso reprimido, como se a qualquer momento pudesse descambar para o caos, mas sempre com algum vigia para levantar a mão e dizer: "Senhores, mantenham a compostura".

Eric Dolphy participou também do Olé, Coltrane e do Africa/Brass Sessions, dois dos melhores discos do meu já citado saxofonista favorito, que no momento certo serão apresentados neste espaço
Posts iniciais são sempre complicados

Não sei muito bem por que estou criando o Out to Jazz!. Talvez até saiba, mas não cabe explicar aqui. Na pior das hipóteses, ele é um blog público, onde todo mundo pode entrar, o que talvez diminua as conversas sobre meu blog "secreto". Não fique chateado se você não possui o outro endereço. Não é pessoal, garanto.

O Out to Jazz! terá pelo menos uma atualização semanal. Não necessariamente vou falar sobre um disco. É provável, na verdade, que eu apenas coloque aqui uma capa. Pra ser 100% sincero, eu queria criar um fotolog, mas sempre falei mal de fotologs, e se tem uma coisa que eu prezo na minha vida é ser coerente.

Enjoy.