domingo, 30 de novembro de 2008













Monk Alone compila todas as gravações solo de Thelonious Monk pela Columbia, compreendendo o período entre 1962 e 1968. Essas gravações são diferentes de tudo o que já coloquei aqui; são bem diferentes também das demais gravações de Monk. Se você nunca teve o prazer de escutar o pianista, não comece por aqui. Mergulhe antes em Monk + Coltrane, por exemplo. Esse disco é pra quem já tem certa familiaridade com seu som.

Disponibilizarei apenas o disco 2, que contém em sua grande parte gravações que nunca haviam sido lançadas. Recomendo fortemente a aquisição da versão dupla, que compila mais uma infinidade de faixas.

Por fim, recomendo a todos que escutem com calma; essas gravações revelam algo novo a cada dedicada audição

quinta-feira, 23 de outubro de 2008















Se Deus permitir, em alguns horas estarei no Rio de Janeiro, na fileira C, bem na frente do saxofone de Sonny Rollins. Assim, fica aqui Saxophone Colossus, mais um disco clássico desse distinto senhor de 78 anos

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terça-feira, 30 de setembro de 2008
















Way Out West é o aquecimento perfeito para os shows que Sonny Rollins fará no Brasil nos dias 21, 23 e 25 de outubro. Rollins é possivelmente o maior músico de sua época ainda em atividade, na minha opinião o terceiro maior saxofonista da história do Jazz, atrás apenas de Charlie Parker e, obviamente, John Coltrane. O tema de I'm An Old Cowhand é a trilha sonora perfeita para você chegar ao Rio de Janeiro e "curtir" aquele calor que, definitivamente, vai estar lá

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domingo, 31 de agosto de 2008















Mais de 90% dos discos que coloquei aqui foram gravados nos anos cinqüenta e sessenta por artistas que se consagraram nos anos 50. Meu período favorito do jazz, acho que já escrevi aqui, vai de 1955 até 1965. Isso reflete, por certo, nos discos aqui disponibilizados. De toda sorte, tenho tentado me aprofundar um pouco nas raízes do jazz; nas mudanças que levaram ao surgimento do Swing e as big bands comandadas por Sidney Bechet e Gleen Miller; nas grandes contribuições de Louis Armstrong e Duke Ellington.

Esses estudos me levaram a nomes como Count Basie, Coleman Hawkins e o saxofonista Lester Young, conhecido como The President. Prez começou a despontar tocando na banda de Basie, em 1933, e em 1944 já começou a gravar discos como líder. The President Plays foi gravado em 1952, em parceria com o pianista Oscar Peterson, responsável por ótimos momentos do disco. Destaco também que esse é o primeiro disco apresentado aqui em que podemos encontrar uma guitarra, instrumento que não costuma figurar em minhas formações favoritas

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quarta-feira, 30 de julho de 2008


















Comentei no último post que nosso estimado John Coltrane passou uma temporada com o grande Thelonious Monk. Aproveitando o gancho, aqui vai uma gravação de 1957 que há muito pouco tempo foi recuperada. Lançada em 2005, At The Carnigie Hall registra o quarteto de Monk em um de seus melhores momentos. Após quase 9 meses tocando no Five Spot, sax e piano demonstravam uma sintonia marcante. Completavam o conjunto Ahmed Abdul-Malik no baixo e Shadow Wilson na bateria, este último inspiradíssimo em Epistrophy, faixa 5 deste disco. Os ataques rápidos no prato de condução são marcantes, quase frenéticos, destacam o tema central de uma forma muito particular. Definitivamente minha faixa favorita.

Esse período foi de vital importância para Coltrane, que desenvolveu bastante sua técnica, valendo-se do fato de ser o único instrumentista de sopro. Algum tempo depois ele estaria novamente com Miles Davis para gravar Kind of Blue, obra previamente disponibilizada neste espaço

segunda-feira, 30 de junho de 2008














Entre 1956 e 1961 Miles Davis lançou uma série de quatro discos contendo gravações ocorridas ao longo de 1956, todos sob o nome de The Miles Davis Quintet: Cookin', Relaxin', Workin’ e Steaming’. Considero Working’ único dentro da série por contar com composições do próprio Miles - Four, Half Nelson e The Theme, esta fechando cada lado do álbum – e uma composição de John Coltrane, Trane´s Blues. Coltrane ainda era “apenas” um ótimo músico de apoio, dependente sério de heroína, o que levou Miles a demiti-lo no final do próprio ano de 1956. Quando o disco foi lançando Coltrane já havia passado uma temporada com Monk, voltado a tocar com Miles e se preparava para lançar Giant Steps, primeiro disco de sua carreira a possuir apenas composições próprias.

O quinteto: Miles Davis (trompete), John Coltrane (sax tenor), Red Garland (piano), Paul Chambers (baixo) e Philly Joe Jones (bateria)

sexta-feira, 13 de junho de 2008













Ainda no embalo de ontem, vai aí Coltrane For Lovers, compilação com o mais romântico do nosso querido John Coltrane

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sexta-feira, 30 de maio de 2008
















Reza a lenda que a gravadora não queria lançar a obra prima de Dave Brubeck por considerá-la "muito difícil". Me pergunto que tipo de cabeça as pessoas tinham à época. Time Out é não só um dos discos mais populares da história do Jazz, como também um dos mais fáceis de se escutar, daqueles que pode ser apreciado em qualquer situação, em qualquer lugar, a qualquer hora do dia

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quarta-feira, 30 de abril de 2008















Finalmente consegui comprar essa pérola que é Charles Mingus at the Bohemia! Temos aqui nada menos que o debut da Debut, ou seja, o primeiro lançamento do selo Debut Records, montado por Mingus em parceria com o fenomenal baterista Max Roach, que aparece em participação especial na faixa Percussion Discussion, praticamente um duelo entre os dois músicos. Reconheço que a faixa pode ser difícil em um primeiro momento, mas chega a ser absurdo a sincronia e a riqueza de sons extraídos de apenas dois instrumentos - três, se considerarmos o overdub de baixo que Mingus posteriormente acrescentou à faixa.

De toda sorte, este está certamente entre os melhores discos de Charles Mingus, abrigando também algumas de suas melhores composições. Impossível não destacar o marcante tema de Jump Monk, que tenta emular ao longo de quase sete minutos as diferentes personalidades de Thelonious Monk; All The Things You C#, uma envolvente versão de All The Things You Are, composição que posteriormente ganharia ainda outra leitura; e a sensacional Work Song, sua primeira composição de caráter político. Um must have de qualquer coleção

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domingo, 30 de março de 2008



Joe Henderson é um saxofonista relativamente conhecido no Brasil devido ao seu apreço pela Bossa Nova. Quase gravou um disco com Tom Jobim, que veio a falecer pouco tempo antes do início do projeto. De toda sorte, essa ligação pode ser vista no disco Double Rainbow: The Music of Antonio Carlos Jobim, bem como na primeira faixa do seu primeiro disco como líder. Blue Bossa é uma das duas composição do trompetista Kenny Dorham que preenchem Page One, constituído também por mais quatro composições do próprio Henderson, a maioria com um (e às vezes dois) pés no hard bop.

A única coisa que me desagrada nesse belo disco é um detalhe dessa também bela capa. Entre os músicos creditos na capa como "etc" está nada menos que McCoy Tyner

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domingo, 2 de março de 2008















Aí está The Avant-Garde, o disco citado no último post. Posso estar enganado, mas acho que quando ele foi lançado a ordem era outra... Don Cherry & John Coltrane, sendo que o Coltrane tinha acabado de assinar com a Atlantic. Independente da ordem, considero um bom disco de hard bop, com destaque pra faixa dois, Focus on Sanity. Como falei antes, Charlie Haden aparece tocando baixo em duas faixas... a de abertura, Cherryco, e The Blessing, faixa três

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008












Charlie Haden nunca esteve entre os meus favoritos, mas gosto bastente dos baixos de Silence. Calmo, mas sem ser sonolento. De toda sorte, Haden ficou conhecido por integrar o conjunto de Ornette Coleman, um dos nomes fortes do free jazz. Suas primeiras gravações como lider datam de 1969, e este disco de 1987 cai mais pro bebop e pro cool, principalmente pela participação mais que especial de Chet Baker.

Pra não perder a tradição de encontrar alguma ligação com John Coltrane, Haden é o baixista presente no disco The Avant-Garde, gravado em parceria com o trompetista Dom Cherry.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Já comecei a disponibilizar os discos aqui. Em breve estarei com tudo em dia e iniciarei novas postagens

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008














"Se você deseja uma reprodução fotográfica, não compre um Picasso. Se você deseja uma música popular, não ouça Coltrane"
- Ralph J. Gleason, 1960

Concordo com Ralph J. Gleason, mas apenas no que diz respeito à produção de Coltrane após A Love Supreme. Apesar da bagunça que ele causava no público na época em que se apresentava com Miles Davis, tocando um sax que as pessoas nunca haviam escutado antes, mesmo assim considero o Coltrane dessa época "popular".

Blue Train foi composto nessa primeira fase, o primeiro esforço sério e concentrado de Coltrane como compositor. Um disco muito bem pensado, realizado pela Blue Note, um selo muito mais cuidadoso do que a Prestige Records (que tinha Coltrane sob contrato), conhecida por sua "política de take único". A faixa título está entre os temas mais marcantes da história do compositor

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No primeiro post deste espaço, escrevi: "O Out to Jazz! terá pelo menos uma atualização semanal. Não necessariamente vou falar sobre um disco. É provável, na verdade, que eu apenas coloque aqui uma capa. Pra ser 100% sincero, eu queria criar um fotolog, mas sempre falei mal de fotologs, e se tem uma coisa que eu prezo na minha vida é ser coerente. "

Visivelmente não cumpri a promessa das atualizações, em parte porque me forçava a escrever sempre algumas palavras. Podem parecer palavras simples e de pouca elaboração, mas foram palavras que sempre tomavam seu tempo - afinal de contas, possuo um carinho muito grande por cada disco aqui apresentado.

No entanto, acho que as coisas vão mudar. Se eu falava pouco, vou falar menos. Por outro lado, as postagens devem aumentar. Vou tentar, pelo menos. O fato do Oink estar fechado não favorece... está mais difícil achar bons discos por aí. De toda sorte, a função deste espaço continua a mesma: recomendar bons álbuns, clássicos em sua maioria, à pessoas que nunca escutaram jazz na vida
Aproveitando, segue a lista dos discos recomendados em 2007:

Eric Dolphy – Out To Lunch!
John Coltrane – Giant Steps
John Coltrane – Africa / Brass Sessions
Medeski, Martin and Wood – Tonic
Medeski, Martin and Wood – Last Chance to Dance Trance (perhaps)
Chet Baker – The Last Great Concert (My Favorite Songs, vol. 1 & 2)
Miles Davis - The Birth Of The Cool
Duke Ellington – Money Jungle
Charles Mingus – The Clown
Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady
Miles Davis – Bag´s Groove
Roland Kirk - Rip, Rig and Panic
McCoy Tyner - The Real McCoy
Miles Davis – Kind of Blue